A nossa viagem da África ficou ainda mais emocionante quando resolvemos botar em nosso roteiro a visita às cataratas de Victoria Falls. Elas sempre são retratadas com um dos lugares que deveríamos conhecer antes de morrer e não é para menos. O gigante parque de Victoria Falls abriga a fronteira entre Zâmbia e Zimbábue e é cercada por uma natureza majestosa.
Um pouco da História
Assim como Foz do Iguaçu, aqui no Brasil, as quedas d’água de Victoria Falls é o marco da fronteira entre dois países, Zâmbia e Zimbábue. O lugar foi descoberto por exploradores portugueses em 1750 mas só 140 anos depois o Rio Zambeze, onde fica estas quedas d’água, virou rota do explorador escocês David Livingstone, sendo assim, o primeiro a avistar as cataratas e batizá-las em homenagem à rainha inglesa da época, Vitória.
Hoje, uma homenagem ao viajante está posta em forma de estátua que também nomeou a cidade da Zâmbia onde ficam as cataratas, Livingstone é considerada hoje a cidade mais amada entre os mochileiros que querem conhecer este patrimônio da humanidade.
Nosso roteiro
Seguindo os principais roteiros, resolvemos sair de Joanesburgo até Livingstone, chegando ao aeroporto de Harry Mwanga Nkumbula. A cidade tem ares de interior. Muitas partes com chão batido e lugares bem simples. Ficamos no hostel Jolly Boys Backpackers que nos ofereceu transporte até o hotel. Tudo muito simples e sem problemas para encontrar os lugares, pois o aeroporto é bem pequeno e simples.
Dividimos nossos dois dias em Livinsgtone para conhecer os dois lados das Cataratas de Victoria Falls. Iniciaríamos nosso passeio pelo lado da Zâmbia e depois do Zimbábue mas fomos surpreendidos por uma grata notícia.
O nosso hotel estava oferecendo um passeio pelo Chobe, em Botsuana. Lugar que eu exclui do roteiro por falta de verba em voar até outro país. Mas por um preço justo, 157 dólares por pessoa, podemos atravessar a fronteiro para Bostsuana e conhecer o que há de mais incrível por lá, o Chobe, um dos maiores safáris do mundo.
No fim das contas, resolvemos que em um dia conseguiríamos visitar os lados das quedas d’águas.
Lado do Zimbábue
Dependendo da época, há mais água de um lado que de outro. Pegamos um táxi até a fronteira e a entrada do Parque Victoria Falls. Começamos nosso passeio pegando uma fila generosa para entrar no território do Zimbábue.
Desde de 2016 os dois países criaram o Kaza Visa, um visto duplo que o visitante que pretende visitar os dois países pode fazer na chegada a um deles. No nosso caso, foi feito no aeroporto da Zâmbia com a taxa de 50 dólares e pudemos fazer diversas entradas nos dois territórios. Nesta fila para entrar no Zimbábue, bastou apresentar este visto que já havíamos pago na imigração do aeroporto da Zâmbia.
Passaportes carimbados, pegamos um outro táxi do lado Zimbábue até a porta de entrada do parque, que pode ser feito a pé, dependendo do seu fôlego e tempo.
A rota é simples de ser feita. As trilhas são bem demarcadas e sem segredo, também são bem calçadas. Uma boa estrutura para os visitantes. Os mirantes também são numerados e sinalizados. Cada um tem a sua peculiaridade e panoramas maravilhosos com visto para o lado da Zâmbia. Não há segredos para visitar, basta caminhar e conhecer tudo em um tempo bom de percurso.
Fizemos isso pela manhã para aproveitar a Zâmbia à tarde e retornar ao hotel sem precisar atravessar a fronteira ao escurecer.
Lado da Zâmbia
De longe o carro-chefe do lado Zambiano da Victoria Falls é o Devil’s Pool. Trata-se de uma piscina infinita natural que se forma entre uma das quedas, tendo vista para as gigantes cachoeiras que temos do lado do Zimbábue.
Muita gente comentou nossas fotos nas redes sociais pontuando o perigo desta parte do parque. O que posso dizer é que não há registros de acidentes por lá e os guias são credenciados para te levar até esta atração. A caminhada é mais difícil, é preciso nadar um trecho para atravessar uma parte alagada e andar por pedras que requer equilíbrio. O próprio parque oferece guias credenciados, portanto é o que mais importa nessas horas.
Depois da visita eu pensei em algumas coisas como, por exemplo, uma tromba d’água. Brasiliense que sou e visitante assíduo da Chapada dos Veadeiros, me ocorreu depois se puderia ter acontecido algo deste tipo. Mas esta visita ao Devil’s Pool só é possível na época da seca, diminuindo os riscos. Quem vê pelas fotos acredita que não há obstáculos entre o precipício e a piscina, mas quem nada percebe que há uma parede natural que separa o visitante da ribanceira.
A visita aos mirantes do lado da Zâmbia tem quase que a mesma estrutura do lado do Zimbábue. Com belas vistas das quedas e paisagens de tirar o fôlego.
Comprando lembranças
Dos dois lados há muito assédio por parte dos vendedores de souvenires. E eles são incansáveis. Tentam negociar de tudo, abaixam os preços e disputam os turistas em cada loja. Se estiver interessado em comprar uma lembrança do lugar para a sua casa, lembre-se que eles gostam é de negociar. Nem sempre eles te dão o valor do produto e podem até pedir para trocar alguma coisa sua pelos produtos deles. Podem te pedir um grampo de cabelo, uma moeda do seu país, entre outros adereços.
Em um certo momento, nas lojas do lado da Zâmbia, a Mariana fez amizade com um vendedor que negociou até trocar moedas brasileiras pelas moedas da Zâmbia e de Botsuana. A Mariana faz coleção de moedas e parece que o vendedor também.
Em outro caso, um vendedor também perguntou se eu não gostaria de trocar minhas meias por alguns artesanatos. Ou alguma peça de roupa. É o estilo deles de negociar.
Hospedagem em Livingstone
Nós ficamos no Jolly Backpackers. Um hostel que nós consideramos muito bom. Com café da manhã e restaurante disponível para almoço e jantar por um preço honesto. Eles têm parcerias com empresas que fazem passeios incríveis pela Zâmbia, Zimbábue e tá por Botsuana, roteiro que eu conto em outra postagem. O hotel é perto também de um centro comercial, onde há um supermercado.
Eu avaliei que andar por esta região não é muito perigoso, mas deve-se evitar sair à noite sozinho. Recomendação do próprio hotel, apesar de Livinsgstone ser considerada uma cidade tranquila. Do caminho do supermercado até o hotel fomos parados diversas vezes por pessoas pedindo ajuda e vendedores de artesanato. Nos comércios locais não aceitam dólar, somente a moeda local. Já no hotel não há este problema.
O meu destaque é para o atendimento. Todos os funcionários foram extremamente solícitos e simpáticos, traço típico deste povo maravilhoso que é o zambiano, que só fala com você olhando no olho.
Fizemos amizades dos dois lados. Conhecemos histórias e pessoas incríveis. Desde do nosso taxista, o Sam, que dirige o seu Corolla dos anos 90, até outro motorista no Zimbábue que nós contou que tem um irmão jogador de futebol, ou ainda o vendedor colecionador de moedas. Todos, sempre recebem bem os brasileiros.
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