O Chobe National Park tem cerca de 12 mil km² e é parada obrigatória para quem visita Botsuana. Primeiro que só o parque é maior que muita cidade brasileira. Brasília, por exemplo, é quatro vezes menor que o Chobe. Imagine, então, poder se aventurar em um território deste tamanho com um passeio completo por um dos lugares onde a natureza está entre as mais diversificadas do mundo e ainda conhecer um país africano que cada dia preserva mais, para gerar renda com o turismo e ser conhecido como destaque neste tipo de trabalho. Bem vindos à Botsuana.
Chegamos ao nosso hotel na Zâmbia, o Jolly Backpackers, depois de uma viagem de avião bem turbulenta. Apesar da aeronave ser moderna e da Boeing, parece que o clima quente contribuiu bastante para uma viagem bem agitada. Nada grave, quem costuma fazer este trajeto não demonstrou medo algum, este sentimento ficou para os marinheiros de primeira viagem cortando este pedaço do céu entre os dois países.
Leia aqui nossa aventura pela Victoria Falls – o dia que senti que zerei a vida.
Sempre que chegamos em algum hotel, em qualquer lugar do mundo, paramos um pouco na recepção para checar os passeios que estão disponíveis aos hóspedes e eis que tiramos, mais uma vez, a sorte grande.
Não estava no nosso planejamento visitar Botsuana – como escrevi aqui na nossa viagem a Victoria Falls. Apesar de saber que fazia fronteira com a Zâmbia e estava relativamente perto de Livingstone, no nosso roteiro resolvi excluir o safári no Chobe por conta do valor da passagem aérea até Kasane, região do parque. Porém, para nossa felicidade, eu estava enganado.
Não é preciso muito para atravessar a fronteira entre Zâmbia e Botsuana. Um passeio prestado por um empresa credenciada ao nosso hotel oferece um dia inteiro no Chobe National Park. Sendo assim, por um valor justo de US$ 154 por pessoa, nós podemos adicionar mais um país ao nosso itinerário e ainda conhecer este complexo que estava há muito tempo na nossa lista de lugares para viajar.
A empresa busca os viajantes no hotel, leva até a fronteira com a Zâmbia, te ajuda no trâmite de saída do país e na entrada em Botsuana. Tudo muito fácil e rápido, uma vez que brasileiros ( em 2018) são isentos de pagamentos de vistos para entrar em Botsuana. Sem nenhuma cerimônia, atravessamos o Rio Cuando, chegamos na imigração e logo tivemos nossos passaportes carimbados.
A programação oferecia um bom café da manhã e almoço. Seguimos ao restaurante que era nosso ponto de encontro e de partida para o safári. De lá, o nosso guia, o Kent, nos levou para uma aventura que jamais vou esquecer.
1ª parte: Safári aquático
O passeio começou em uma embarcação e foi surpreendente. Começamos explorando algumas ilhotas que cercam o parque repleto de crocodilos gigantes, hipopótamos, búfalos e diversos tipos de pássaros que habitam o rio e suas margens.
A parte mais tensa pra gente foi navegar perto dos hipopótamos, sabendo que são os animais que mais matam no mundo as pessoas que navegam inadvertidamente pelos rios africanos. Mas sabíamos que estávamos bem seguros com uma empresa legalizada contratada para explorar este tipo de turismo com muita responsabilidade.
Mas descobrimos que a ameaça eminente do parque é mesmo o ser humano. Pois uma grande parte do parque que divide Botsuana da Namíbia é um território disputado entre estes dois países. Botsuana quer implantar o turismo na região, já a Namíbia quer este território para explorar o arroz, que conta com uma área alagada para crescer, mas que impacta negativamente o Meio Ambiente.
2ª parte: Safári terrestre
Depois de um almoço no “restaurante-base”, partimos para o segundo tempo. O safári em carro aberto anda um grande percurso. E, logo no início, tivemos a grata surpresa de darmos de cara com o rei da selva, uma família de leoas que estavam passeando com seus filhotes e caçando antílopes.
E só não ficou nisso. Nós podemos ver vários tipos de animais na savana africana, soltos. E, bem diferente do Etosha, no Chobe nós fomos surpreendidos por uma chuva no fim do passeio. Sorte que a observação das família de felinos aconteceu antes da tempestade.
Dicas:
É importante passar protetor solar para enfrentar o calor da savana mas também é relevante se proteger das possíveis chuvas que ocorrem na região, com boas capas protetoras. Nós também usamos botas de caminhada, calças longas, repelentes e uma camisa leve e fria com proteção UV com repelente de mosquito. Esteja com seu passaporte em mãos para atravessar a fronteira, como disse lá em cima, brasileiros não precisam de visto prévio para visitar Botsuana.
Acho que nem preciso dizer que, mesmo que você faça este passeio sozinho, jamais saia do veículo. A minha dica é contar com uma empresa que faça este percurso com você. Os guias são altamente treinados e se comunicam entre eles, fazendo desta viagem uma incrível experiência.
Divirta-se e aproveite bastante esta experiência inesquecível.
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Muito legal. Fizemos este passeio a partir de Victoria Falls em 2017. Fizemos o passeio de 3 dias e 2 noites, dormindo em acampamentos abertos! no meio do parque. Foram 2 tours aquáticos e o restante por terra, em vários passeios. Dos big 5, só não vimos o Rino, que havíamos visto no Etosha (o negro). Realmente Chobe é um dos melhores safaris, talvez pela abundância de água.
Legal, Sergio. Também amamos Botsuana e o sul da África. Lugares mágicos. Obrigado pela visita.