O Brasil pode ser considerado um dos países mais ricos em tipos de biomas e a Amazônia é um deles. Nós passamos três dias conhecendo a fundo este tesouro que é um dos principais cenários do nosso folclore e fonte de conhecimento científico e cultural para o mundo inteiro.
Nós aceitamos o convite da Iguana Tour, agência de turismo credenciada de Manaus, para viver este desafio e passar três dias na selva. Uma experiência que vai ficar para sempre em nossa memória.
A primeira dica que damos para alguém que quer conhecer a Floresta Amazônica é procurar uma agência séria, credenciada e que seja ecologicamente responsável. Por isso chegamos até a Iguana Tour.
Fomos muito bem recebidos pelo Wilson, proprietário da empresa e que fez de tudo para que nossa passagem por Manaus e pelo Estado do Amazonas fosse inesquecível. E foi exatamente isso que sentimos: a seriedade no trabalho desenvolvido pela agência é que nos deu segurança. E, por isso, recomendamos o serviço.
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Recomendamos muito! |
Embarque para a vida selvagem
Escolhemos um entre os vários passeios que a Iguana oferece. Trata-se do Pacote Sunrise, no qual a empresa nos leva até o Ceasa da cidade (que fica na área portuária) onde começa a saga até chegar na selva.
Pegamos uma lancha rápida até a Vila Careiro, cidade pequena às margens do Rio Solimões (você passará pelo encontro dele com o Rio Negro). De carro, cortamos quase todo o município por dentro em 50 minutos até chegarmos à beira do rio Paraná do Mamori – o trajeto ainda pega um pedaço da famosa Transamazônica, que dá acesso, por exemplo, a Porto Velho, Rondônia.
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Em uma parada rápida, dá para observar o encontro do Rio Negro e Rio Solimões. |
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Um pedaço do trecho passa pela famosa Transamazônica. |
Aí você pode até pensar que acabou, mas a peleja só estava começando e isso que faz a viagem ficar mais rica. Do rio Paraná do Mamori, uma outra lancha nos levou por uma viagem de mais 45 minutos até o Rio Juma, um afluente do Rio Amazonas onde aportamos em nossa pousada, que fica localizada à beira do rio, a Juma Lake Inn.
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Do nosso barco chamado de “voadeira” na margem do Rio Paraná do Mamori |
Chegamos debaixo de muita chuva e pouca visibilidade, comum nesta época do ano e que nos fez perceber o tanto que a Floresta Amazônica estava alagada.
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Debaixo de chuva e com uma boa capa para proteger |
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Floresta alagada e as copas das árvores quase cobertas |
Na pousada, fomos logo muito bem recebidos com um almoço caseiro, digno da Amazônia. Arroz, feijão, farofa, mandioca frita e peixe regional. Depois de apresentar os nossos quartos e as outras dependências, os guias dividem os grupos de viagem e estabelecem os horários dos passeios para cada dia. Foi aí que conhecemos a fundo o que a Amazônia tem a oferecer.
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Nossa pousada beirando o rio. |
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Um belo almoço de recepção |
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As dependências da Juma Lake Inn |
Assim também conhecemos nosso excelente guia, o Chilton. Ele, para facilitar nossa memória a fixar seu nome, faz alusão a Chitão, do Xororó, dupla sertaneja brasileira. Chilton é da tribo Macuxi, de Roraima. Lembrei-me logo do noticiário que citava muito este nome. Esta aldeia travou uma batalha árdua contra os arrozeiros daquele Estado pela posse de terra e nosso guia demonstrou em nossa estadia por lá que sabe bem como lidar com a natureza e o meio o qual vive. Uma lição para nossas vidas.
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Muito obrigado, Chilton! |
Aproveitamos também para, além de agradecer ao Chilton por todo o altruísmo (inclusive bilíngue), gratidão também toda a gentileza à pousada Juma Lake Inn, que nos hospedou e nos tratou com muito carinho em toda nossa estadia.
Pesca de piranhas
Assim que ficaram definidos os grupos e seus guias, chegou a hora das atividades oferecidas pelo Juma Lake Inn. Pegamos um barco que estava sob o comando do Chilton para realizarmos a pesca da Piranhas, peixe que é comum nos rios da região. Depois estes peixes nos foram servidos no jantar.
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Mariana pescando o peixe pela barbatana |
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Uma piranha para o jantar |
Assista ao nosso vídeo sobre pesca no Lago Juma:
Caminhada na floresta e aprendizado indígena
No dia seguinte, fomos conhecer o que a selva nos oferece. Nos foi apresentado um tanto de coisas interessantes utilizadas pelas comunidades indígenas e população ribeirinha.
São formigas que funcionam como repelente natural, iodo extraído da árvore que ajuda na cicatrização de feridas na nossa pele, palhas de árvores que viram artesanato, incensos naturais, árvores que funcionam como “telefones” da mata e até o conhecido Gongo do babaçu, que é uma larvinha do vagalume que entra no coco da fruta quando ainda está verde e amolecida. Muita gente come esta larva que, na minha opinião, tem gosto de leite de coco. Óbvio que experimentamos.
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Mais uma vez, nosso guia mostrando mais uma da floresta, o Iodo, que serve para curar feridas. |
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Chilton também fez um artesanato na hora com palha, um cocar para Mariana. |
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Impressionado com o tamanho da árvore que caiu |
Focagem noturna de jacarés
À noite, pegamos um barco e seguimos margeando as áreas alagadas das fazendas que beiram o rio. Há diversos jacarés que saem para se alimentar e se aproveita este momento para observá-los. Tudo feito com segurança, apenas pelo guia que é especializado em manipular o animal. Ele captura o bicho que trás ao barco por poucos minutos, para explicar como estes répteis vivem. Logo depois, ele é solto no mesmo lugar.
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Como diz o dono da pousada, Gerry: este aí morde, não foi comprado em Hong Kong não. |
Um dia acampados na mata
No nosso roteiro estava incluído um dia acampados no meio da mata. Há uma estrutura já montada, sem paredes e com telhado de palha. Veja nossa aventura no Estado.
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Nosso acampamento. |
Para quem quer ficar mais dias, também há outros passeios oferecidos pelos instrutores, como a observação dos seringais e assistir ao nascer do sol bem cedo.
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Fotografando com direito a vitórias-régias no cenário |
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Esta postagem foi feita em parceria com a Iguana Tour. Nós, do Próximo Embarque, experimentamos e recomendamos os serviços prestados por esta agência de turismo por se tratar de uma empresa séria e responsável.
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