Há épocas em nossas vidas que o espírito de aventura bate à porta. Uma necessidade arrebatadora de sair por aí, descer de rapel, pegar uma estrada longa, nadar em cachoeiras, atravessar rios ou simplesmente desconectar um pouco da realidade. Foi aí que resolvi acampar na Floresta Amazônica.
É difícil adivinhar que dia tivemos esta ideia. A Mariana sempre quis conhecer Manaus, mas não imaginávamos a grata surpresa que teríamos ao chegar na capital amazonense. Fizemos logo contato com a Iguana Tour, que nos ofereceu alguns passeios pela Floresta Amazônica e, em um deles, estava o desafio: dormir um dia acampados no meio da mata, aos sons da natureza e com o mínimo de conforto. Uma experiência que serve para descobrirmos um pouco sobre nós mesmos.
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Bem vindo à floresta alagada. |
Sou um grande admirador do navegador Amyr Klink e uma de suas citações que acende a vontade cada vez maior que conhecer o que ainda não vi, ele diz: “Um homem precisa viajar… Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto.”
E foi assim que eu me senti nesta aventura. Uma noite apenas para refletir de como tenho uma casa aconchegante, como tenho acesso a tantos recursos o tempo inteiro, um carro, enfim, luxo.
A madrugada foi fria, no dia seguinte choveu e mesmo depois que a chuva cessou, a água no alto das copas das imensas árvores continuava caindo. O solo molhado virou lama que tomou conta de nossas botas e, logo depois de embarcarmos no barco, só uma capa para nos proteger um pouco da tempestade.
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Nosso acampamento cercado de árvores gigantes |
Na falta de um fogão, camas e outros móveis que estamos acostumados, o nosso guia, Chitaun, prepara nossa primeira refeição da noite, um jantar bem rústico. Todos vamos atrás de lenha para a fogueira que foi acesa dentro do nosso acampamento, uma pequena cabana com teto de palha e sem paredes, sustentada por alguns troncos de árvores, onde penduramos nossas redes enfileiradas e cobertas por mosquiteiros.
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Nosso acampamento |
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Redes, nossa cama da noite. Sem paredes e sob os sons da floresta |
No cardápio, um arroz feito em uma panela de aço bem condicionada em cima das madeiras já queimadas. A água ferve e, depois de pronto o arroz, alguns frangos são espetados e colocados no lugar, eis nosso jantar. A noite cai e depois de uma conversa animada com os nossos outros companheiros de camping ao redor da fogueira, chega a hora de dormir.
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Mariana observando a nossa fogueira |
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Nosso jantar |
Durante a noite, escutamos vários barulhos. São sapos, grilos e, o que mais chamou atenção, o macaco Bugio, que faz um barulho muito semelhante ao de um grande felino. No meio do sono, a vontade de ir ao “banheiro”. Prontamente acordamos, Mariana e eu, e caminhamos alguns metros com lanternas no meio da mata escura. Como você pode ter notado, o matagal era o banheiro.
O dia chega e vamos logo sendo acordados pelo guia com nosso café da manhã. Biscoito simples de água e sal, manteiga, café e ovos cozidos feitos em mais uma fogueira. Algo bem simples para começar o dia e apreciar uma manhã pelo Rio Amazonas, observar os pássaros acordando, o céu abrindo e os botos livres pelas águas.
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Para o café da manhã, ovos cozidos |
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O começo da manhã com pássaros também acordando no Rio Amazonas |
Assim chega o final deste dia. Um pouco de desconforto por conta da noite passada em uma rede, mas uma proeza de ter passado um dia desconectados de tudo que estamos acostumados no nosso cotidiano.
Veja nosso vídeo por lá:
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Esta postagem foi feita em parceria com a Iguana Tour. Nós, do Próximo Embarque, experimentamos e recomendamos os serviços prestados por esta agência de turismo por se tratar de uma empresa séria e responsável.
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