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Embarque em Inhotim, a arte e a natureza juntas

Construído em um espaço gigantesco no município de Brumadinho, cerca de 60 km de Belo Horizonte, o complexo Inhotim reúne um Jardim Botânico com espécies de plantas de todo o mundo e galerias de arte contemporânea. Caminhar por este museu a céu aberto é ter contato com a natureza, conhecer a flora e viajar pelo mundo da Arte Contemporânea.

Mesmo com toda polêmica envolvendo o nome de Burle Marx, quem conhece o artista, ou já vivenciou suas obras, sabe que a coleção botânica de Inhotim faz lembrar muito suas montagens paisagísticas que, inclusive, estão espalhadas pelo mundo inteiro. Andar pelos jardins do instituto é resgatar na memória as paisagens de Brasília.

O complexo em si é um grande museu. Muitas esculturas e obras peculiares espalhadas por toda parte. Além de mais de 5 mil espécies de plantas e galerias ao ar livre para explorar um pouco mais da flora. Sendo assim, o Inhotim entrou para a classificação de Jardim Botânico, expondo e disseminando a cultura da sustentabilidade e preservação do meio ambiente.

Um exemplo destas exposições de plantas ao ar livre é o Jardim dos Sentidos, onde ficam plantas de várias espécies – medicinais, aromáticas e tóxicas. O visitante aprende um pouco mais da variedade destas ervas. Para as crianças, uma verdadeira lição de preservação.

Basta caminhar pelo jardim para ver a variação das espécies. Entre gigantes e pequenas, das mais exóticas até as mais comuns.

 

Caleidoscópio: um outro ponto de vista.

A Arte nas galerias

Eu gosto muito de visitar museus em todos os lugares que vou. Da arte contemporânea, me agrada muito o Pompidou, na França. Entre os artistas surrealistas, gosto de René Magritte e o mais famoso de todos os tempos, nosso querido Salvador Dalí.

Fiz esta introdução acima para explicar um pouco das minhas sensações ao visitar o museu. A maior parte, positiva. A impressão é que, de qualquer forma, você sai de Inhotim provocado, entusiasmado e indignado. E essa mistura de sentimentos nos faz refletir um pouco sobre a Arte Moderna e Contemporânea.

Estão espalhadas em várias galerias conjuntos de obras realmente interessantes. Mas em outras, no meu ponto de vista, são apenas um retalho do universo que representa a arte do Surrealismo. Mesmo sendo caracterizado como “surreal”, a Arte tem que representar algo que condiz com a realidade, o que eu chamo de um mínimo de sobriedade.

Pois não são os sonhos um reflexo da nossa realidade? Pois, se esta minha pergunta for a correta, posso avaliar que muitos “artistas” desdenham da verdadeira proposta do Surrealismo e expõem com um pouco de displicência. Mas claro, para reforçar, esta é apenas a minha opinião, respeito quem gosta e quem tem interesse neste estilo.

Tirando alguns artistas que expõe a arte “nonsense”, algumas exposições realmente mexem conosco. São interativas, musicais ou apenas montagens provocativas. As galerias interativas são, em sua maioria, formidáveis, dando ao visitante sensações únicas. Algumas usam aparelhos de som para reproduzir uma sinfonia.

O que te faz ficar dentro de um ambiente cheio de caixas acústicas com a impressão de ser o centro de uma verdadeira ópera. Se preferir, pode ouvir os sons que vêm da terra: um complexo cercado de vidro onde, no centro, há uma buraco profundo com um microfone que reproduz ao redor dos visitantes os sons vindos da terra.

Por aí vai se costurando a originalidade e a criatividade de vários artistas.

Os sons que vêem da terra
A Natureza vencendo a Máquina.

 

Algumas críticas:

Fomos ao Inhotim numa sexta-feira. O preço é acima do valor do meio da semana. Apesar disso, alguns restaurantes estavam fechados. Resolvemos comer em uma lanchonete.

No final do dia fomos fazer um lanche e o tratamento no local não foi muito cordial. Apesar de fechar às 16h (chegamos 15h25), a lanchonete teve um mau atendimento. Me pareceu um pouco falta de vontade das funcionárias em nos atender, além de alguns pedidos chegarem errados.

Algumas obras também – as mais famosas, diga-se de passagem – estavam em manutenção e não estavam expostas. Um pouco frustrante para quem sempre vê fotografias das obras na Internet e pensa em visitá-las.

Dicas:

– Vale muito a pena comprar o ingresso pela Internet, pois uma fila imensa se forma na entrada do lugar e, quem compra on-line, passa por uma pequena para resgatar os bilhetes.
– Roupas leves para os dias quentes. Você vai caminhar muito debaixo do sol, portanto, leve também a garrafinha com água, que pode ser abastecida gratuitamente em vários pontos.

Chegando em Inhotim

O lugar fica no Município de Brumadinho. De Belo Horizonte até lá são cerca de 1h20 de viagem. O estacionamento é tranquilo, espaçoso e com muitas vagas, além de ser gratuito.

A entrada no complexo custa R$ 20,00 nas quartas e quintas. Sexta, sábado, domingo e feriados o preço salga para R$ 28,00 (a partir do dia 07/02/2014 vai para R$30,00). O espaço fica fechado na segunda-feira e é gratuito nas terças-feiras, caso não seja Feriado.

Caso você seja um atleta, pode fazer o percurso das galerias a pé. Mas caso não seja, a melhor opção é pagar o serviço de transporte interno. Aí se vão mais R$ 20, totalizando quase R$ 50 de gastos. Sem contar com a alimentação, já que existem restaurantes e lanchonetes em Inhotim. O preço deles depende do que você quer comer; um almoço ou um lanche.

Vamos deixar aqui um mapa para chegar por lá. Bom passeio. Aproveite para deixar aqui sua impressão sobre Inhotim e também curtir nossa página no Facebook. Encerramos aqui nossa visita a Minas Gerais, claro, até a volta. =)

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Thiago Inter
Thiago Inter é jornalista de TV, já atuou em Assessoria de Comunicação, adora produzir documentários, fotografia e percorrer o mundo. Nascido em Brasília, DF, o jornalista já documentou muitas de suas andanças para ajudar outras pessoas. Para ele, uma aventura é sempre bem-vinda e a melhor viagem é a próxima, esperando sempre pelo próximo embarque.
http://www.proximoembarque.com

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